Foram detetados grupos criados através da plataforma WhatsApp cujo único propósito é sujeitar menores, adicionados em massa alegando o objetivo de superar o desafio de agrupar o maior número de elementos possível com recurso a nomes engenhosamente inocentes como «Vamos ser Mil» ou «Bora lá bater o record», à visualização de conteúdos pornográficos, pedófilos e de violência extrema.
Cada vez mais presente no nosso dia-a-dia, a tecnologia trouxe consigo uma nova onda de conveniência, mas também de insegurança. Um dos principais erros que as pessoas cometem quando utilizam uma aplicação é presumir que esta, simplesmente por estar disponível, pese embora especialistas informáticos conseguirem quebrar o código de encriptação do serviço, é completamente segura. Vale lembrar que o WhatsApp é – atualmente – a aplicação e plataforma de mensagens instantâneas mais popular da atualidade em Android e iOS, tornando-a, por conseguinte, numa plataforma de comunicações igualmente muito cobiçada para comportamentos abusivos e/ou práticas ilícitas. Porém, para além do WhatsApp, há outros esquemas que passam por uma abordagem durante jogos online como Roblox, Fortnite e outros semelhantes.
Visando combater comportamentos nocivos e promover a integridade e a segurança (online) de todos, para a sua proteção e a dos seus filhos, evite que o seu contacto (quer seu, quer do seu filho) seja livremente adicionado a grupos ou comunidades desconhecidos/as. Além disso, no que concerne a grupos, abertos ou fechados, é fortemente recomendada a utilização desta funcionalidade apenas com pessoas de confiança.
A segurança é uma parte fulcral de qualquer experiência. No WhatsApp, por exemplo, faça a gestão da sua comunidade e impeça que o seu número seja adicionado a grupos sem a sua permissão. Decida quem o/a pode adicionar a um grupo e se quer permanecer num grupo ao qual tenha sido adicionado/a. Esta operação é relativamente simples. Verifique com atenção, nas definições, as permissões que dá a cada uma delas.
A fim de prevenir os efeitos nefastos desta realidade, a Polícia Judiciária (PJ) alerta para a utilização da plataforma WhatsApp por parte das crianças e jovens, designadamente com idade inferior a 16 anos (idade mínima permitida para a utilização da aplicação na União Europeia) e para a importância das denúncias, entre outros. Mais recomendações, principalmente dirigidas aos pais, encarregados de educação, professores e diretores dos agrupamentos de escolas, podem ser consultadas através da página oficial da Polícia Judiciária, em https://www.policiajudiciaria.pt/alerta-grupos-no-whatsapp-e-pornografia-de-menores/.
Ainda assim, através do Centro de Ajuda do próprio WhatsApp, saiba como alterar as definições de privacidade para grupos em: https://faq.whatsapp.com/1131457590844955/.
Raquel Pimentel 